DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO E DESIGUALDADES DE GÊNERO NO FILME “A ASSISTENTE” SEXUAL DIVISION OF LABOR AND GENDER INEQUALITIES IN THE FILM “THE ASSISTANT”

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Iáscara Gislâne Cavalcante Alves
Jean Henrique Costa
Bismark de Oliveira Gomes
Arlindo Souza Neto

Abstract

RESUMO: Este ensaio problematiza a divisão sexual do trabalho e as desigualdades de gênero na obra audiovisual A Assistente, lançada em 2019. Com direção de Kitty Green e produção de P. Jennifer Dana, Scott Macaulay e James Schamus, o filme traz a rotina exaustiva – e sobretudo abusiva – de trabalho da personagem Jane, ocupada como assistente do que parece ser um grande empresário da indústria cinematográfica. A narrativa se passa numa produtora de cinema e retrata o cotidiano precarizado, cansativo, amedrontado, envergonhado, ressentido e assediado de Jane. O filme é uma tentativa quase documental de denunciar os assédios sexuais neste mercado de trabalho. Apesar de ser um caso ficcional, a obra é um exercício aberto de crítica ao trabalho feminino invisibilizado e erotizado. A Assistente (2019) expõe as múltiplas formas de desigualdades de gênero que se fazem recorrentes em um ambiente predominantemente masculino, evidenciando a maneira como a divisão sexual do trabalho se desenvolve a partir das relações de poder estabelecidas. Palavras-chave: Cinema; trabalho; trabalho feminino; precarização.


 


ABSTRACT: This essay problematizes the sexual division of labor and gender inequalities in the audiovisual work “The Assistant”, released in 2019. Directed by Kitty Green and produced by P. Jennifer Dana, Scott Macaulay and James Schamus, the film shows the exhausting – and above all abusive – work routine of the character Jane, busy as an assistant to what appears to be a large businessman in the film industry. The narrative takes place in a film production company and shows Jane's precarious, tiring, frightened, ashamed, resentful and harassed daily life. The film is an almost documentary attempt to denounce sexual harassment in this job market. Despite being a fictional case, the work is an open exercise in criticism of invisible and eroticized female work. The Assistant (2019) exposes the multiple forms of gender inequalities that recur in a predominantly male environment, highlighting the way in which the sexual division of labor develops from established power relations. Keywords: Cinema; work; women's work; precariousness of work.

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