https://geplat.com/papers/index.php/home/issue/feedAcademic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies – Geplat Papers2024-11-28T15:15:59-03:00Geplat Editions (Geplat Edições)prof.jeanhenriquecosta@gmail.comOpen Journal Systems<p>The Research Group Leisure, Tourism and Work (Grupo de Pesquisas em Lazer, Turismo e Trabalho GEPLAT) intends to expand its activities beyond the tourism studies in order to diversify its academic reflections, to broaden its network of researchers and also to internationalize its publications and partnerships. Through the “Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies” (GEPLAT PAPERS, ISSN 2675-4967) the Group now opens its own journal of scientific dissemination.</p> <p>It is a special publication that deals with current and diverse topics, extending beyond the frontiers of the humanities. It aims to establish a dialogue with other areas of knowledge and to construct an interlocution with researchers from different countries, as well as functioning as informative support for other publications.</p> <p>ISSN: 2675-4967</p> <p>A GEPLAT PAPERS - Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies” (ISSN 2675-4967), editada pelo Grupo de Pesquisas em Lazer, Turismo e Trabalho (GEPLAT), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, comunica que, a partir do segundo semestre do ano de 2024, trabalhará somente com Números Temáticos, organizados, revisados e editados por professores(as) peritos(as) em suas respectivas áreas de formação e pesquisa. Portanto, o fluxo contínuo individual está encerrado.</p> <p>Os Números Temáticos serão organizados tanto a convite deste Conselho Editorial, quanto por proposta direta enviada via e-mail para: <a href="mailto:geplat.editions@gmail.com">geplat.editions@gmail.com</a>. Cada Número Temático, organizado como <em>caderno especial</em>, deverá ter, preferencialmente, entre 5 e 8 artigos ou ensaios. Resenhas, traduções e entrevistas também poderão compor os Números Temáticos, desde que estejam dentro da temática proposta.</p> <p>Os Números Temáticos deverão vir devidamente revisados, editados e avaliados pelo organizador competente e, se possível, prefaciados por um(a) professor(a) externo. Esse prefácio externo entrará como parte do processo avaliativo.</p> <p>Somente serão aceitas contribuições de autores com titulação mínima de mestre. O(a) organizador(a) do Número Temático deverá ter titulação de doutor(a) e comprovar vinculo institucional. Excepcionalmente, mestrandos poderão compor os cadernos, desde que acompanhados de seus respectivos orientadores como coautores.</p> <p>No mais, a GEPLAT PAPERS entra em sua nova fase editorial e espera contar com publicações qualificadas de acadêmicos e acadêmicas de diversas universidades, áreas do saber e perspectivas teóricas.</p> <p>Não há cobrança de taxa para o recebimento, edição e publicação de artigos.</p> <p><strong>DIRETRIZES PARA OS ORGANIZADORES </strong></p> <p>Como parte do processo de submissão, os organizadores dos Números Temáticos são obrigados a verificar a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir.</p> <ol> <li><strong> A GEPLAT PAPERS ACEITA CONTRIBUIÇÕES NAS SEGUINTES SEÇÕES:</strong></li> </ol> <p><strong>1.1 Artigos e Ensaios:</strong></p> <p>Os artigos e ensaios devem ser inéditos (em periódicos), ter entre 7 e 20 páginas, incluindo resumo na língua vernácula e resumo em língua inglesa (abstract) de, no máximo, 300 palavras, contendo de 3 a 6 palavras-chave e as referências (padrão APA vigente).</p> <p><strong>1.2 Resenhas:</strong></p> <p>As resenhas de livros de publicação nacional devem ser feitas para obras publicadas em até três anos, a partir da data de submissão; e cinco anos para as obras publicadas fora do país. A resenha poderá ser produzida em formato expandido, de modo a melhor descrever, comentar e apreciar a obra em leitura. Cada resenha não deverá ultrapassar dez (10) páginas no formato da revista. O autor deverá indicar uma imagem do livro resenhado.</p> <p><strong>1.3 Entrevistas</strong></p> <p>As entrevistas deverão versar sobre temáticas atuais das ciências sociais e humanas, abordadas por docentes e pesquisadores de destaque no campo acadêmico deste periódico. Deverão ter entre 10 e 30 laudas.</p> <p><strong>1.4 Traduções</strong></p> <p>As traduções deverão ter autorização prévia (e por escrito) de seu autor, e deverão ter a extensão do texto original, que não deverá ter mais de 35 laudas, no formato atual do periódico. O autor da tradução deverá anexar uma declaração assinada pelo autor do texto original, autorizando a tradução.</p> <p><strong>2 OS TEXTOS ORIGINAIS DEVERÃO SER DIGITADOS OBEDECENDO A SEGUINTE FORMATAÇÃO:</strong></p> <p>2.1 A formatação do texto deverá seguir a seguinte orientação: letra Cambria em todo texto; tamanho 12 (exceto citações diretas e notas de rodapé, que terão tamanho 10); espaçamento simples entre linhas; recuo de primeira linha de 1,25 cm; texto justificado; todas as margens em 3 cm.</p> <p>2.2 Serão aceitos artigos escritos em língua portuguesa, inglesa e espanhola.</p> <p>2.3 As citações e referências bibliográficas deverão respeitar os padrões da <em>American Psychology Association </em>(APA) em vigor:</p> <p>2.4 O resumo não poderá ultrapassar 300 palavras;</p> <p>2.5 Artigos e ensaios deverão ter, no máximo, cinco (05) autores. Resenhas deverão ter no máximo dois autores.</p> <p>2.6 Somente serão aceitas contribuições de autores com titulação mínima de mestre. O organizador do Número Temático deverá ter titulação de doutor.</p> <p>2.7 As submissões que não estiverem rigorosamente de acordo com as normas acima serão devolvidas aos organizadores.</p> <p><strong>3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO</strong></p> <p>3.1 Os arquivos submetidos deverão ser escritos de acordo com os critérios mínimos de qualidade determinados pelo periódico, a saber:</p> <p><strong>Bloco 1 (forma)</strong></p> <p>- Linguagem acadêmica formal</p> <p>- Clareza e objetividade do título e do resumo</p> <p>- Qualidade da tradução do resumo em língua inglesa (abstract)</p> <p>- Apresentação e organização do texto (qualidade visual)</p> <p>- Normatização (referências e citações padrão APA)</p> <p><strong>Bloco 2 (conteúdo)</strong></p> <p>- Metodologia do estudo</p> <p>- Consistência teórica (revisão da literatura)</p> <p>- Contextualização do objeto de estudo</p> <p>- Concatenação teoria e empiria</p> <p>- Relevância do escrito</p> <p>3.2 Os arquivos submetidos poderão ser aceitos para publicação; aceitos com correções facultativas; aceitos com correções obrigatórias; ou não recomendados pelo Conselho Científico do periódico;</p> <p>3.3 Os artigos e ensaios devem conter, preferencialmente, uma lógica mínima de:</p> <p>1) Introdução/Apresentação: apontando uma breve contextualização do objeto, os objetivos do estudo, uma breve justificativa e os procedimentos metodológicos da pesquisa;</p> <p>2) Desenvolvimento do texto (estruturado em subseções, deve enfocar a discussão teórica do estudo, uma análise do objeto, os dados em análise e o entrelaçamento entre teoria e empiria);</p> <p>3) Conclusão/Considerações Finais (resgate sinóptico dos aspectos mais relevantes do escrito, bem como, a exposição das principais contribuições, limites e perspectivas da pesquisa).</p> <p>3.4 As resenhas deverão destacar:</p> <p>1) Perfil biográfico e perspectivas teóricas do autor</p> <p>2) Descrição sumária da obra</p> <p>3) Conclusões do autor</p> <p>4) Aspectos estilísticos da obra</p> <p>5) Público-alvo a quem se destina o trabalho</p> <p>6) Apreciação e análise da obra, apontando alguns limites e perspectivas.</p> <p><strong>4 ORIENTAÇÕES FINAIS</strong></p> <p>4.1 Ao submeter texto à GEPLAT PAPERS, caso este seja selecionado, os autores autorizam sua publicação sem quaisquer ônus para a Revista ou para seu editor.</p> <p>4.2 Os artigos representam o ponto de vista dos autores e não a posição oficial da Equipe Editorial ou do Conselho Científico da GEPLAT PAPERS;</p> <p>4.3 A Equipe Editorial poderá deliberar acerca de casos excepcionais, desde que a publicação não prejudique a qualidade da Revista.</p> <p><strong>5 POLÍTICA DE ACESSO LIVRE</strong></p> <p>Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.</p> <p><strong>6 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL</strong></p> <p>A GEPLAT PAPERS, do <a href="http://periodicos.uern.br/index.php/turismo">Grupo de Pesquisas em Lazer, Turismo e Trabalho (GEPLAT)</a>, está licenciada com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/">Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional</a>.</p> <p><strong>Contact of the Academic Journal</strong></p> <p>Prof. Dr. Jean Henrique Costa</p> <p>E-Mail: prof.jeanhenriquecosta@gmail.com</p> <p>Prof. Dr. Raoni Borges Barbosa</p> <p>E-Mail: raoniborgesbarbosa@gmail.com</p> <p>STATE UNIVERSITY OF RIO GRANDE DO NORTE - UERN</p> <p><strong>ISSN: </strong>2675-4967</p> <p><strong>Link: </strong>https://geplat.com/papers/index.php/home</p> <p><strong>Access to Content</strong></p> <p>Geplat Papers offers free and immediate access to its content in order to promote the democratization of knowledge.</p> <p style="background-repeat: no-repeat; color: #000000; font-family: Arial,Helvetica Neue,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-height: 1000000px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; transform-origin: left top 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px; padding: 0px; margin: 0px; border: 0px solid transparent;"><span style="display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff; color: rgba(0, 0, 0, 0.84); cursor: text; font-family: 'Noto Sans',-apple-system,BlinkMacSystemFont,'Segoe UI','Roboto','Oxygen-Sans','Ubuntu','Cantarell','Helvetica Neue',sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Indexações:</span></p> <p style="background-repeat: no-repeat; color: #000000; font-family: Arial,Helvetica Neue,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-height: 1000000px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; transform-origin: left top 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px; padding: 0px; margin: 0px; border: 0px solid transparent;"><span style="display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff; color: rgba(0, 0, 0, 0.84); cursor: text; font-family: 'Noto Sans',-apple-system,BlinkMacSystemFont,'Segoe UI','Roboto','Oxygen-Sans','Ubuntu','Cantarell','Helvetica Neue',sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px;">- Diretório do Sistema <span class="il">Latindex</span>.</span></p> <p style="background-repeat: no-repeat; color: #000000; font-family: Arial,Helvetica Neue,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-height: 1000000px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; transform-origin: left top 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px; padding: 0px; margin: 0px; border: 0px solid transparent;"><span style="display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff; color: rgba(0, 0, 0, 0.84); cursor: text; font-family: 'Noto Sans',-apple-system,BlinkMacSystemFont,'Segoe UI','Roboto','Oxygen-Sans','Ubuntu','Cantarell','Helvetica Neue',sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><img src="https://geplat.com/papers/public/site/images/geplat/logo-latindex.jpg" alt="" width="296" height="82" /></span></p> <h1>MIGUILIM: Diretório das revistas<br />científicas eletrônicas brasileiras</h1> <p style="background-repeat: no-repeat; color: #000000; font-family: Arial,Helvetica Neue,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-height: 1000000px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; transform-origin: left top 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px; padding: 0px; margin: 0px; border: 0px solid transparent;">https://miguilim.ibict.br/handle/miguilim/8223</p> <p style="background-repeat: no-repeat; color: #000000; font-family: Arial,Helvetica Neue,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-height: 1000000px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; transform-origin: left top 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px; padding: 0px; margin: 0px; border: 0px solid transparent;"><img src="https://miguilim.ibict.br/image/logo-miguilim.png" alt="Miguilim: Início" /></p> <p style="background-repeat: no-repeat; color: #000000; font-family: Arial,Helvetica Neue,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-height: 1000000px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; transform-origin: left top 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px; padding: 0px; margin: 0px; border: 0px solid transparent;"> </p> <p style="background-repeat: no-repeat; color: #000000; font-family: Arial,Helvetica Neue,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-height: 1000000px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; transform-origin: left top 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px; padding: 0px; margin: 0px; border: 0px solid transparent;"><span style="display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff; color: rgba(0, 0, 0, 0.84); cursor: text; font-family: 'Noto Sans',-apple-system,BlinkMacSystemFont,'Segoe UI','Roboto','Oxygen-Sans','Ubuntu','Cantarell','Helvetica Neue',sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px;">QUALIS CAPES B4 (Quadriênio 2017-2020)</span></p> <p style="background-repeat: no-repeat; color: #000000; font-family: Arial,Helvetica Neue,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-height: 1000000px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; transform-origin: left top 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px; padding: 0px; margin: 0px; border: 0px solid transparent;"> </p> <p style="background-repeat: no-repeat; color: #000000; font-family: Arial,Helvetica Neue,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-height: 1000000px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; transform-origin: left top 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px; padding: 0px; margin: 0px; border: 0px solid transparent;"> </p>https://geplat.com/papers/index.php/home/article/view/161Prefácio2024-11-28T14:46:12-03:00Raoni Borges Barbosageplat.editions@gmail.com<p>Este derradeiro número do quinto volume da <em>Geplat Papers - Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies</em> vem em boa hora anunciar o compromisso da nossa comunidade de pesquisadores em manter aberto o exercício acadêmico da escrita e da publicação regulares para as novas gerações de formandos. Nesse sentido, podemos dar por consolidado esse espaço plural e menos burocrático para a iniciação científica de jovens pesquisadores.</p> <p>Composto por cinco textos oriundos de campos de pesquisas e propostas analíticas diversas, o presente número provoca o leitor com reflexões sobre políticas públicas e a relação entre Estado e Sociedade na produção de Saúde e Bem-estar; sobre relações étnico-raciais e de gênero na atual dinâmica do Trabalho; sobre etnocentrismo e humanismo no pensamento social e na literatura; e sobre emoções, subjetividade e saúde no jogo social de capitalismo flexibilizado e de desempenho narcísico que caracteriza as sociedades contemporâneas. Temos, assim, um apanhado temático rico e teórico-metodologicamente amplo, tal qual abaixo exemplificado a partir de recortes argumentativos dos propios autores.</p> <p>Em <em>Experiências escolares de crianças indígenas Warao migrantes e refugiadas: um estudo antropológico em escolas municipais de Boa Vista – Roraima</em>, o pesquisador Raniere de Oliveira Carvalho problematiza como a cidade de Boa Vista - RR vivencia desde 2014 um intenso ciclo migratório humano oriundo da Venezuela. Este fenômeno tem como fator principal uma crise política e econômica deste País. O deslocamento populacional tem submetido também grupos indígenas venezuelanos, que durante o processo acabam inseridos numa situação de extrema vulnerabilidade em solo brasileiro. As escolas do estado de Roraima e município de Boa Vista refletem este contingente migratório com o aumento das matrículas destes grupos. No entanto, não existem dados concretos que representem a inserção destes alunos nas escolas do município. Assim, grupos de indígenas venezuelanos, como os Warao, continuam adentrando o espaço escolar de Boa Vista. O povo Warao, foco principal deste artigo, é oriundo do estado Delta Amacuro, município de Tucupita, Venezuela.</p> <p>Em <em>Divisão sexual do trabalho e desigualdades de gênero no filme “A Assistente”</em>, os pesquisadores Iáscara Gislâne Cavalcante Alves, Jean Henrique Costa, Bismark de Oliveira Gomes e Arlindo Souza Neto problematizam a divisão sexual do trabalho e as desigualdades de gênero na obra audiovisual <em>A Assistente</em>, lançada em 2019. Com direção de Kitty Green e produção de P. Jennifer Dana, Scott Macaulay e James Schamus, o filme traz a rotina exaustiva – e sobretudo abusiva – de trabalho da personagem Jane, ocupada como assistente do que parece ser um grande empresário da indústria cinematográfica. A narrativa se passa em uma produtora de cinema e retrata o cotidiano precarizado, cansativo, amedrontado, envergonhado, ressentido e assediado de Jane. O filme é uma tentativa quase documental de denunciar os assédios sexuais neste mercado de trabalho. Apesar de ser um caso ficcional, a obra é um exercício aberto de crítica ao trabalho feminino invisibilizado e erotizado. <em>A Assistente </em>(2019) expõe as múltiplas formas de desigualdades de gênero que se fazem recorrentes em um ambiente predominantemente masculino, evidenciando a maneira como a divisão sexual do trabalho se desenvolve a partir das relações de poder estabelecidas.</p> <p>Em <em>Poder patronal e necropolítica: reflexões antropológicas de um sobrevivente da pandemia de Covid-19</em>, o pesquisador Tássio Ricelly Pinto de Farias discute conceitos fundamentais das ciências sociais, tais como biopoder e necropolítica, com o escopo de problematizar os múltiplos exercícios de poder sobre a vida nos tempos do avanço neoliberal. Além da abordagem teórica, produz algumas notas etnográficas retrospectivas acerca dos processos de contaminação, adoecimento e isolamento no contexto da pandemia de Covid-19 que experimentou. Toma ainda como exemplo o caso de uma pessoa conhecida que trabalha no comércio da sua cidade (Apodi-RN), apresentando relatos sobre o período em que ela esteve contaminada pelo SARS-CoV-2. Pretendeu refletir sobre o que chamou de direitos ao adoecimento e ao isolamento, bem como sobre suas formas sistemáticas de negação, compreendidas aqui como exercícios de necropoder, tendo como pano de fundo a pandemia recente.</p> <p>Em <em>Breves notas sobre a medicalização das emoções: rascunho para uma discussão urgente</em>, os pesquisadores Laura Pollyanna Rodrigues de Melo, Bismark de Oliveira Gomes e Arlindo Souza Neto abordam o crescente processo de medicalização das emoções na sociedade brasileira, destacando como o sofrimento psíquico é frequentemente tratado com soluções biomédicas rápidas, que buscam suprimir sentimentos e promover a "cura" de emoções negativas. A partir das reflexões de autores contemporâneos como Maria Aparecida Moysés e Byung-Chul Han, o ensaio problematiza o impacto dessa abordagem na experiência humana. Ao considerar a medicalização em conjunto com as transformações tecnológicas e a “sociedade de desempenho”, o texto analisa como a tendência à eficiência e ao bem-estar farmacológico pode limitar a capacidade de lidar com emoções e relacionamentos. A medicalização excessiva é vista como um fator de distanciamento emocional, levando a uma sociedade que valoriza a produtividade e a eliminação de sofrimentos naturais da vida. Os autores defendem, então, uma compreensão humanizada e integral das emoções, que valorize o papel do sofrimento na experiência humana, evitando reduzi-las a meros desequilíbrios químicos e promovendo uma perspectiva de aceitação e significado emocional.</p> <p>Em <em>Entre o Humanismo e o Etnocentrismo: notas críticas acerca do Diário de Viagem de Albert Camus</em>, os pesquisadores Jean Henrique Costa e Raoni Borges Barbosa problematizam o livro <em>Diário de Viagem</em>, de Albert Camus, como um trabalho que anuncia tanto aspectos circunscritos e íntimos de sua biografia intelectual inquieta, quanto determinadas questões estruturais de seu tempo atravessado pelo fantasma descivilizatório das duas grandes guerras mundiais que desestabilizaram os imperialismos europeus e impuseram uma Nova Ordem Mundial abalizada no antagonismo polido e cínico entre as potências capitalista e socialista de administração do mundo do trabalho. Nesta obra, cujo objetivo foi narrar duas de suas viagens à América nos anos quarenta do século passado, Camus revela-nos uma visão de mundo permeada por uma boa dose de Etnocentrismo, típica de homens brancos e europeus. Eis que, apesar de sua periférica ascendência argelina, colonizada e ressentida, e de ter compreendido – talvez como poucos de sua geração – as questões centrais do imperialismo e da violência colonial, nem mesmo o seu Humanismo aguçado e a sua crítica refinada o livraram do preconceito pitoresco e tacanho de um franco-argelino tentando traduzir as terras exóticas do além-mar, longe da envelhecida e pretensamente polida civilização europeia.</p> <p>Aos leitores da <em>Geplat Papers - Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies</em> desejamos momentos de reflexão e crescimento acadêmico a partir das viagens intelectuais deste último número de 2024! Estamos certos de que, em breve, contarão conosco nas trincheiras da pesquisa científica!</p> <p><em>28/11/2024</em></p>2024-11-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies – Geplat Papershttps://geplat.com/papers/index.php/home/article/view/164EXPERIÊNCIAS ESCOLARES DE CRIANÇAS INDÍGENAS WARAO MIGRANTES E REFUGIADAS: UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE BOA VISTA RORAIMA2024-11-28T15:02:32-03:00Raniere de Oliveira Carvalhoranierec71@gmail.com<p><strong>RESUMO: </strong>A cidade de Boa Vista - RR vivencia desde 2014 um intenso ciclo migratório humano oriundo da Venezuela. Este fenômeno tem como fator principal uma crise política e econômica deste País. O deslocamento populacional tem submetido também grupos indígenas venezuelanos, que durante o processo acabam inseridos numa situação de extrema vulnerabilidade em solo brasileiro. As escolas do estado de Roraima e município de Boa Vista refletem este contingente migratório com o aumento das matrículas destes grupos. No entanto, não existem dados concretos que representem a inserção destes alunos nas escolas do município. Assim, grupos de indígenas venezuelanos, como os Warao, continuam adentrando o espaço escolar de Boa Vista. O povo Warao, foco principal deste artigo, é oriundo do estado Delta Amacuro, município de Tucupita, Venezuela. Esta pesquisa buscou compreender as experiências escolares de três alunos Warao, migrantes e refugiados inseridos em duas escolas municipais, numa perspectiva de analisar suas experiências a partir deste contexto diaspórico. Estas crianças Warao são moradoras de uma Comunidade Warao independente denominada “YAKERA INE”, e fica situada no bairro do Pintolândia, região periférica de Boa Vista. Os métodos utilizados foram etnográficos, além da proposta de uma antropologia propositiva. Durante a pesquisa, observei que através da perspectiva da interculturalidade poderia amenizar o distanciamento do processo escolar e o aluno indígena Warao. <strong>Palavras-chave:</strong> Povos indígenas, Warao, Escola, Educação, Experiências.</p> <p> </p> <p><strong> </strong></p> <p><strong>ABSTRACT: </strong>The city of Boa Vista - RR has been experiencing since 2014 an intense human migratory cycle from Venezuela. This phenomenon has as its main factor a political and economic crisis in this country. Population displacement has also subjected venezuelan indigenous groups, which during the process end up in a situation of extreme vulnerability on brazilian soil. Schools in the state of Roraima and the municipality of Boa Vista reflect this migratory contingent with the increase in enrollment of these groups. However, there are no concrete data that represent the insertion of these students in the municipality's schools. Thus, groups of venezuelan indigenous people, such as the Warao, continue to enter the school space of Boa Vista. The Warao people, the main focus of this article, come from the state of Delta Amacuro, municipality of Tucupita, Venezuela. This research sought to understand the school experiences of three Warao students, migrants and refugees inserted in two municipal schools. From the perspective of analyzing their experiences from this diasporic context. These Warao children are residents of an independent Warao Community called "YAKERA INE", and it is located in the neighborhood of Pintolândia, in the peripheral region of Boa Vista. The methods used were ethnographic, in addition to the proposal of a propositional anthropology. During the research, I observed that through the perspective of interculturality it could soften the distance between the school process and the Warao indigenous student. <strong>Keywords: </strong>Indigenous peoples, Warao, School, Education, Experiences.</p>2024-11-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies – Geplat Papershttps://geplat.com/papers/index.php/home/article/view/166DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO E DESIGUALDADES DE GÊNERO NO FILME “A ASSISTENTE”2024-11-28T15:14:10-03:00Iáscara Gislâne Cavalcante Alvesiascaragislane@gmail.comJean Henrique Costaprof.jeanhenriquecosta@gmail.comBismark de Oliveira Gomesbismarkogomes@gmail.comArlindo Souza Neto arlindosociologo@gmail.com<p><strong>RESUMO: </strong>Este ensaio problematiza a divisão sexual do trabalho e as desigualdades de gênero na obra audiovisual <em>A Assistente</em>, lançada em 2019. Com direção de Kitty Green e produção de P. Jennifer Dana, Scott Macaulay e James Schamus, o filme traz a rotina exaustiva – e sobretudo abusiva – de trabalho da personagem Jane, ocupada como assistente do que parece ser um grande empresário da indústria cinematográfica. A narrativa se passa numa produtora de cinema e retrata o cotidiano precarizado, cansativo, amedrontado, envergonhado, ressentido e assediado de Jane. O filme é uma tentativa quase documental de denunciar os assédios sexuais neste mercado de trabalho. Apesar de ser um caso ficcional, a obra é um exercício aberto de crítica ao trabalho feminino invisibilizado e erotizado. <em>A Assistente </em>(2019) expõe as múltiplas formas de desigualdades de gênero que se fazem recorrentes em um ambiente predominantemente masculino, evidenciando a maneira como a divisão sexual do trabalho se desenvolve a partir das relações de poder estabelecidas. <strong>Palavras-chave:</strong> Cinema; trabalho; trabalho feminino; precarização.</p> <p> </p> <p><strong>ABSTRACT:</strong> This essay problematizes the sexual division of labor and gender inequalities in the audiovisual work “The Assistant”, released in 2019. Directed by Kitty Green and produced by P. Jennifer Dana, Scott Macaulay and James Schamus, the film shows the exhausting – and above all abusive – work routine of the character Jane, busy as an assistant to what appears to be a large businessman in the film industry. The narrative takes place in a film production company and shows Jane's precarious, tiring, frightened, ashamed, resentful and harassed daily life. The film is an almost documentary attempt to denounce sexual harassment in this job market. Despite being a fictional case, the work is an open exercise in criticism of invisible and eroticized female work. The Assistant (2019) exposes the multiple forms of gender inequalities that recur in a predominantly male environment, highlighting the way in which the sexual division of labor develops from established power relations. <strong>Keywords:</strong> Cinema; work; women's work; precariousness of work.</p>2024-11-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies – Geplat Papershttps://geplat.com/papers/index.php/home/article/view/163PODER PATRONAL E NECROPOLÍTICA: REFLEXÕES ANTROPOLÓGICAS DE UM SOBREVIVENTE DA PANDEMIA DE COVID-192024-11-28T14:58:38-03:00Tássio Ricelly Pinto de Fariasprof.tassiofarias@gmail.com<p><strong>RESUMO:</strong> Este ensaio discute conceitos fundamentais das ciências sociais, tais como biopoder (Foucault, 1998) e necropolítica (Mbembe, 2016), com o escopo de problematizar os múltiplos exercícios de poder sobre a vida nos tempos do avanço neoliberal. Além da abordagem teórica, produzi algumas notas etnográficas retrospectivas acerca dos meus processos de contaminação, adoecimento e isolamento no contexto da pandemia de Covid-19. Tomei ainda como exemplo o caso de uma pessoa conhecida que trabalha no comércio da minha cidade (Apodi-RN), apresentando seus relatos sobre o período em que ela esteve contaminada pelo SARS-CoV-2. Pretendo refletir sobre o que chamarei de direitos ao adoecimento e ao isolamento, bem como sobre suas formas sistemáticas de negação, compreendidas aqui como exercícios de necropoder, tendo como pano de fundo a pandemia recente. <strong>Palavras-chave: </strong>Pandemia de Covid-19, biopoder, necropolítica, avanço neoliberal, direito ao adoecimento.</p> <p> </p> <p><strong>ABSTRACT: </strong>This essay discusses fundamental concepts of the Social Sciences, such as biopower (Foucault, 1998) and necropolitics (Mbembe, 2016), with the aim of problematizing the multiple exercises of power over life in times of neoliberal advance. In addition to the theoretical approach, I produced some retrospective ethnographic notes about my processes of contamination, illness and isolation in the context of the Covid-19 pandemic. I also took as an example the case of an acquaintance who works in commerce in my city (Apodi-RN), presenting his reports about the period in which she was contaminated by SARS-CoV-2. I intend to reflect on what I will call the rights to illness and isolation, as well as on their systematic forms of denials, understood here as exercises of necropower, against the backdrop of the recent pandemic. <strong>Keywords: </strong>Covid-19 pandemic, biopower, necropolitics, neoliberal advance, right to illness.</p>2024-11-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies – Geplat Papershttps://geplat.com/papers/index.php/home/article/view/165BREVES NOTAS SOBRE A MEDICALIZAÇÃO DAS EMOÇÕES: RASCUNHO PARA UMA DISCUSSÃO URGENTE2024-11-28T15:09:19-03:00Laura Pollyanna Rodrigues de Melobismarkogomes@gmail.comBismark de Oliveira Gomesbismarkogomes@gmail.comArlindo Souza Netoarlindosociologo@gmail.com<p>Este ensaio aborda o crescente processo de medicalização das emoções na sociedade brasileira, destacando como o sofrimento psíquico é frequentemente tratado com soluções biomédicas rápidas, que buscam suprimir sentimentos e promover a "cura" de emoções negativas. A partir das reflexões de autores contemporâneos como Maria Aparecida Moysés e Byung-Chul Han, o ensaio problematiza o impacto dessa abordagem na experiência humana. Ao considerar a medicalização em conjunto com as transformações tecnológicas e a “sociedade de desempenho”, o texto analisa como a tendência à eficiência e ao bem-estar farmacológico pode limitar a capacidade de lidar com emoções e relacionamentos. A medicalização excessiva é vista como um fator de distanciamento emocional, levando a uma sociedade que valoriza a produtividade e a eliminação de sofrimentos naturais da vida. Os autores defendem, então, uma compreensão humanizada e integral das emoções, que valorize o papel do sofrimento na experiência humana, evitando reduzi-las a meros desequilíbrios químicos e promovendo uma perspectiva de aceitação e significado emocional.</p>2024-11-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies – Geplat Papershttps://geplat.com/papers/index.php/home/article/view/162ENTRE O HUMANISMO E O ETNOCENTRISMO: NOTAS CRÍTICAS ACERCA DO DIÁRIO DE VIAGEM DE ALBERT CAMUS2024-11-28T14:54:45-03:00Jean Henrique Costaprof.jeanhenriquecosta@gmail.comRaoni Borges Barbosaraoniborgesbarbosa@gmail.com<p>O livro <em>Diário de Viagem</em>, de Albert Camus, é um trabalho que anuncia tanto aspectos circunscritos e íntimos de sua biografia intelectual inquieta, quanto determinadas questões estruturais de seu tempo atravessado pelo fantasma descivilizatório das duas grandes guerras mundiais que desestabilizaram os imperialismos europeus e impuseram uma Nova Ordem Mundial abalizada no antagonismo polido e cínico entre as potências capitalista e socialista de administração do mundo do trabalho. Nesta obra, cujo objetivo foi narrar duas de suas viagens à América nos anos quarenta do século passado, Camus revela-nos uma visão de mundo permeada por uma boa dose de Etnocentrismo, típica de homens brancos e europeus. Eis que, apesar de sua periférica ascendência argelina, colonizada e ressentida, e de ter compreendido – talvez como poucos de sua geração – as questões centrais do imperialismo e da violência colonial, nem mesmo o seu Humanismo aguçado e a sua crítica refinada o livraram do preconceito pitoresco e tacanho de um franco-argelino tentando traduzir as terras exóticas do além-mar, longe da envelhecida e pretensamente polida civilização europeia. Na América do Norte, Camus esteve entre março e maio de 1946. Na América do Sul, entre junho e agosto de 1949. Apesar do curto tempo fracionado em duas estadias, o viajante expedicionário Camus nos mostra não apenas uma percepção individual sobre a divisão territorial do trabalho e da cultura vivida na América – através da dicotomia Norte-Sul –, mas, sobretudo, apresenta um recorte do modo coletivo de sentir, pensar e agir que o europeu médio tinha sobre o continente americano, grosso modo dado pela racionalidade capitalista nos EUA e pelo aparente atraso e pobreza na porção sul-americana. Os relatos de viagem de Camus, não obstante sua eloquência, são testemunhos de como o intelectual humanista da já econômica e politicamente superada civilização europeia no concerto das Nações enxergava a diferença cultural, a alteridade sociopolítica e a vida ordinária nas Américas: um burburinho potente de atividade burguesa efervescente e luminosa, por um lado; e um abandono desalentador da razão crítica e da técnica emancipatória, por outro! Qualquer proximidade climática, humana ou arquitetônica em relação ao velho Continente, agradavam-no. Longe disto, causavam-lhe desconforto ou desatavam-lhe um sofrido exercício de relativismo cultural. Mas aqui não estamos para julgá-lo, e sim para apreciar criticamente seu <em>Diário de Viagens</em>!</p>2024-11-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Academic Journal of Studies in Society, Sciences and Technologies – Geplat Papers