EXPERIÊNCIAS ESCOLARES DE CRIANÇAS INDÍGENAS WARAO MIGRANTES E REFUGIADAS: UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE BOA VISTA RORAIMA SCHOOL EXPERIENCES OF MIGRANT AND REFUGEE WARAO INDIGENOUS CHILDREN: AN ANTHROPOLOGICAL STUDY IN MUNICIPAL SCHOOLS IN BOA VISTA, RORAIMA

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Raniere de Oliveira Carvalho

Abstract

RESUMO: A cidade de Boa Vista - RR vivencia desde 2014 um intenso ciclo migratório humano oriundo da Venezuela. Este fenômeno tem como fator principal uma crise política e econômica deste País. O deslocamento populacional tem submetido também grupos indígenas venezuelanos, que durante o processo acabam inseridos numa situação de extrema vulnerabilidade em solo brasileiro. As escolas do estado de Roraima e município de Boa Vista refletem este contingente migratório com o aumento das matrículas destes grupos. No entanto, não existem dados concretos que representem a inserção destes alunos nas escolas do município. Assim, grupos de indígenas venezuelanos, como os Warao, continuam adentrando o espaço escolar de Boa Vista. O povo Warao, foco principal deste artigo, é oriundo do estado Delta Amacuro, município de Tucupita, Venezuela. Esta pesquisa buscou compreender as experiências escolares de três alunos Warao, migrantes e refugiados inseridos em duas escolas municipais, numa perspectiva de analisar suas experiências a partir deste contexto diaspórico. Estas crianças Warao são moradoras de uma Comunidade Warao independente denominada “YAKERA INE”, e fica situada no bairro do Pintolândia, região periférica de Boa Vista. Os métodos utilizados foram etnográficos, além da proposta de uma antropologia propositiva. Durante a pesquisa, observei que através da perspectiva da interculturalidade poderia amenizar o distanciamento do processo escolar e o aluno indígena Warao. Palavras-chave: Povos indígenas, Warao, Escola, Educação, Experiências.


 


 


ABSTRACT: The city of Boa Vista - RR has been experiencing since 2014 an intense human migratory cycle from Venezuela. This phenomenon has as its main factor a political and economic crisis in this country. Population displacement has also subjected venezuelan indigenous groups, which during the process end up in a situation of extreme vulnerability on brazilian soil. Schools in the state of Roraima and the municipality of Boa Vista reflect this migratory contingent with the increase in enrollment of these groups. However, there are no concrete data that represent the insertion of these students in the municipality's schools. Thus, groups of venezuelan indigenous people, such as the Warao, continue to enter the school space of Boa Vista. The Warao people, the main focus of this article, come from the state of Delta Amacuro, municipality of Tucupita, Venezuela. This research sought to understand the school experiences of three Warao students, migrants and refugees inserted in two municipal schools. From the perspective of analyzing their experiences from this diasporic context. These Warao children are residents of an independent Warao Community called "YAKERA INE", and it is located in the neighborhood of Pintolândia, in the peripheral region of Boa Vista. The methods used were ethnographic, in addition to the proposal of a propositional anthropology. During the research, I observed that through the perspective of interculturality it could soften the distance between the school process and the Warao indigenous student. Keywords: Indigenous peoples, Warao, School, Education, Experiences.

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