MAL-ESTAR, MEMÓRIA E MODERNIDADE NA POÉTICA DE MANUEL BANDEIRA SOBRE O CONTEXTO URBANO DO RECIFE
Keywords:
Nostalgia, Modernidade, Recife, Manuel BandeiraAbstract
Este artigo visa discutir a relação saudosista - e, ao mesmo tempo, angustiante - que Manuel Bandeira discorre em sua poética sobre a cidade do Recife. Para o escritor, a cidade é nostálgica, simbólica e ao mesmo tempo patológica por ocasião dos sintomas da modernidade. Ao analisarmos dois de seus poemas, Recife e Evocação do Recife, percebemos a ligação íntima entre a infância de Bandeira e um Recife revestido das consequências do progresso, da evolução e das ideologias dominantes na vida urbana. Suas poesias servem como denúncia de uma situação social irrevogável, ou ainda, como um ideal que jamais poderá ser alcançado novamente: o Recife de sua época.